A adolescente Ana Clara de Lima, de 15 anos, perdeu seu bebê de seis meses, no início da tarde desta sexta-feira (13/09) após ser vítima de violência gestacional no hospital Vó Mundoca, localizado no município de Borba. O caso chocante levanta sérias questões sobre a qualidade do atendimento e as condições da unidade hospitalar.
Ana Clara deu entrada na unidade apresentando contrações e dilatações. Segundo relatos de sua tia, Rusiane Pereira de Sá, o médico que avaliou a situação apenas informou que se tratava de um parto prematuro e que tomaria decisões ao longo do dia. “Ele disse que iria ver o que faria no decorrer do dia,” afirmou Rusiane.
Horas depois, a situação se agravou e Ana Clara começou a passar mal. A família fez várias tentativas de chamar médicos e enfermeiros, mas foi a avó da adolescente quem acabou realizando o parto. Infelizmente, o bebê não resistiu. “Eles tiveram o dia todo para tomar uma decisão. Minha sobrinha ficou abandonada na sala de pré-parto. Quando ela passou mal, chamamos o médico, mas ele não veio e a criança acabou nascendo ali mesmo,” relatou indignada Roseane, outra tia da jovem.
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Esse trágico incidente não é um caso isolado. Denúncias anteriores indicam que o hospital Vó Mundoca já enfrentava problemas graves, como falta de equipamentos, medicamentos e profissionais de saúde, além de uma estrutura física precária. A população de Borba tem sofrido com o descaso na saúde pública do município.
Além disso, surgiram alegações sobre possíveis irregularidades administrativas dentro do hospital, levantando suspeitas de corrupção que podem agravar ainda mais a crise na saúde local.
A perda do bebê de Ana Clara não é apenas uma tragédia pessoal; é um reflexo alarmante das condições inadequadas enfrentadas por muitas famílias em Borba. A comunidade clama por melhorias urgentes no sistema de saúde e por justiça diante dessa situação angustiante.