A violência doméstica contra crianças é um problema alarmante e muitas vezes invisível, escondido entre as paredes de lares que deveriam ser espaços de segurança e acolhimento. O impacto de tal violência ultrapassa as fronteiras físicas e afeta profundamente a saúde mental, emocional e social das vítimas, deixando marcas duradouras que, infelizmente, tendem a se perpetuar pela vida adulta e acreditem isso é mais comum do que imaginamos.
Essas violências contra crianças podem ser física, psicológica, sexual, ou negligência, que segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada três crianças em países de baixa e média renda sofre algum tipo de violência doméstica, o que resulta em danos significativos ao seu desenvolvimento. No entanto, já conhecemos inúmeros casos de crianças de famílias de classe alta que também foram vítimas de violência, deste modo, observa-se que a violência intrafamiliar não é causada especificamente por fatores socioeconômicos. Em muitos casos, essa violência é silenciada por medo, vergonha ou falta de apoio social e institucional, dificultando que a sociedade perceba o problema e tome medidas de prevenção e intervenção.
O Papel da Comunidade e dos Profissionais da Educação e Saúde no Enfrentamento:
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É essencial que educadores, profissionais de saúde, vizinhos e toda a comunidade estejam atentos a sinais de sofrimento em crianças, mudanças bruscas de comportamento, retraimento, agressividade ou sinais físicos não explicados, na maioria dos casos são indícios que devem ser considerados e de modo algum minimizados. Infelizmente, nem sempre é fácil identificar ou agir, mas é preciso que todos entendam a responsabilidade de proteger as crianças.
Fortalecimento das Políticas de Proteção:
No Brasil, contamos com a ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e com políticas que buscam a proteção das crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade. Porém, a aplicação dessas políticas exige maior engajamento dos profissionais que estão na linha de frente como, conselheiros tutelares, assistentes sociais, psicólogos e educadores, além de investimentos governamentais para a criação de redes de apoio e prevenção mais eficazes, sem esquecermos que a sociedade também contribui para o enfrentamento, exercendo seu papel de controle social.
Veja como você também pode ajudar:
Fazendo Denúncia: O Disque 100 é um canal importante para denúncias de violência contra crianças e adolescentes, denunciar é um ato de cidadania e compaixão;
Educação e Sensibilização: Precisamos de campanhas contínuas que informem a população sobre o que caracteriza a violência doméstica e como identificar sinais de abuso em crianças.
Fortalecimento de Redes de Apoio e Proteção: Instituições educacionais, ONGs, associações e projetos comunitários desempenham papéis fundamentais no acolhimento de vítimas e na criação de espaços seguros para o desenvolvimento saudável das crianças. Você pode fortalece-las com sua doação ou trabalho voluntário. Acredito que próximo de você tenha uma organização, movimento ou coletivo que desenvolva trabalho com esse segmento.
A violência infantil é uma realidade que não pode ser ignorada, apenas com a conscientização e a ação conjunta de sociedade, governo e iniciativas locais será possível oferecer a crianças e adolescentes um ambiente saudável e seguro. Nós, como profissionais e cidadãos, temos o dever de agir e proteger os mais vulneráveis. As crianças são nosso futuro, e precisamos garantir que tenham o direito de crescer em um mundo sem violência, onde possam desenvolver todo o seu potencial, sem carregar traumas para vida toda.
Vamos juntos construir uma sociedade que acolha e proteja as crianças, assegurando-lhes um presente de segurança e um futuro de oportunidades.